“Uma reunião mediúnica é trabalho que se desenvolve entre os dois planos da vida, o espiritual e o físico, havendo, portanto, duas equipes interagindo para a obtenção dos resultados.
A natureza dos Espíritos que assessoram e participam das nossas reuniões mediúnicas é a que fazemos jus pelo processo de sintonia que sejamos capazes de oferecer. Se queremos a presença dos bons temos que atraí-los pela elevação de nossos pensamentos e propósitos de edificação. Assim sendo, todo esforço de organizar reuniões deve começar pela seleção adequada de seus integrantes.
(...) Colocando a questão da seleção dos participantes para as reuniões mediúnicas, diremos com Nilson de Souza Pereira, presidente do Centro Espírita Caminho da Redenção, que devemos selecioná-los pelo seu empenho, assiduidade, caráter, devotamento e interesse em querer participar ativa e responsavelmente no grupo. O trabalho mediúnico é para pessoas integradas à vida do Centro Espírita. Devemos entender integração como uma realização permanente, um esforço continuado de vivência do ideal e de convivência fraterna. É preciso descobrir o prazer de estar junto, de construir solidariamente a seara do amor que o Senhor nos confiou e, esses estar e caminhar junto significam, sobretudo, um compromisso de trabalho com alegria. (...)
Privacidade, não se admitindo no local e horário para o intercâmbio mediúnico senão a equipe responsável, exceção feita para algum convidado em condições de assisti-lo, a critério do dirigente.”
(Reuniões Mediúnicas, Projeto Manoel Philomeno de Miranda)
“Uma reunião é um ser coletivo, cujas qualidades e propriedades são a resultante das de seus membros e formam como que um feixe. Ora, este feixe tanto mais força terá, quanto mais homogêneo for.”
(O Livro dos Médiuns, 331)
“A mediunidade é ensejo de serviço e aprimoramento, resgate e solução.”
(Seara dos Médiuns, cap. 42)
“As reuniões espíritas são compromissos graves assumidos perante a consciência de cada um, regulamentados pelo esforço, pontualidade, sacrifício e perseverança dos seus membros. Somente aqueles que sabem perseverar, sem postergarem o trabalho de edificação interior, se fazem credores da assistência dos Espíritos interessados na sementeira da esperança e da felicidade na Terra – programa sublime presidido por Jesus das Altas Esferas. Nas reuniões sérias, os seus membros não podem compactuar com a negligência aos deveres estabelecidos em prol da ordem geral e da harmonia, para que a infiltração dos Espíritos infelizes não as transformem em celeiros de balbúrdia, em perfeita conexão com a desordem e o caos.
(Manoel Philomeno de Miranda – “Nos Bastidores da Obsessão)
“Reunião de desobsessão: oásis de refazimento espiritual. Pronto-socorro de Espíritos sofredores. Hospital de amor para os doentes da alma.
O aposento destinado à reunião de desobsessão é, dentro do Templo Espírita, o local onde são medicadas, mais diretamente, as almas.
É a este ambiente apropriado, revestido de vibrações adequadas e que requer cuidados especiais da Espiritualidade Maior, que são trazidos os enfermos do espaço, para receberem o tratamento do amor...
Quem se dedica ao trabalho desobsessivo já está conscientizado de que se deve preparar permanentemente para tal mister. Não que esteja em posição de superioridade. Não. Isto não existe em Doutrina Espírita nem deve existir em nosso Movimento Espírita. Mas, é fundamental que esteja cônscio de suas responsabilidades, já que esse labor requer especialização.
A preparação não exige um curso específico. Antes é um conjunto de requisitos, entre os quais citamos: integração no Centro Espírita onde se vincula, estudo metódico e progressivo da Doutrina, larga experiência em trabalhos mediúnicos e, sobretudo, como recomenda Kardec, inquebrantável esforço pela sua transformação moral. Que se empenhe em modificar-se, momento a momento, vencendo as suas más tendências e que tenha incorporado à sua vivência o lema: “Fora da caridade não há salvação.” É alguém que se interessa e se preocupa com o próximo e sensibiliza-se com a sua dor, afeito a meditar, a refletir, a sentir os ensinamentos com que o Espiritismo nos ilumina a existência. É, enfim, alguém votado às coisas mais elevadas e que está conseguindo se desligar dos interesses imediatistas do mundo. (...)”
(“Obsessão Desobsessão” – Suely Caldas Schubert)
“Se abraçaste a mediunidade, previne-te contra o orgulho como quem se acautela contra um parasito destruidor.
(...) No exercício mediúnico, aceitemos o ato de servir por lição das mais altas na escola do mundo.
E lembremo-nos de que assim como a vida possui trabalhadores para todos os misteres, há médiuns, na obra do bem, para a execução de tarefas de todos os feitios.
Nenhum existe maior que o outro.
Nenhum está livre do erro.
Todos, no entanto, guardam consigo a bendita possibilidade de auxiliar. (...)
Usa, pois, tuas faculdades medianímicas como empréstimo da Bondade Infinita, para que o orgulho te não assalte.
E recorda que Jesus, o Medianeiro Divino, em circunstância alguma requestou a admiração dos maiorais de seu tempo e, sim passou entre os homens, amparando e compreendendo, ajudando e servindo...
E se houve um dom de Deus em que se empenhou de preferência aos demais, foi aquele de praticar a culto vivo do Evangelho no coração do povo, visitando em pessoa os casebres da angústia e alimentando a turba faminta, ofertando amor puro aos enfermos sem-nome e estendendo esperança aos que viviam sem lar.”
(Seara dos Médiuns, “Em Serviço Mediúnico”)