O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Foi em 18 de abril de 1857, em um sábado de primavera, que O Livro dos Espíritos e Allan Kardec foram apresentados, pela primeira vez, ao público na livraria E. Dentu, Galeria de Orléans, nº 13, Palais Royal, Paris.
“Da comparação e da fusão de todas as respostas, coordenadas, classificadas e muitas vezes retocadas no silêncio da meditação, foi que elaborei a primeira edição de O Livro dos Espíritos.” (Allan Kardec)
A REVISTA ESPÍRITA
Editada pela primeira vez em 1º janeiro de 1858.
Kardec a publicou correndo ele, exclusivamente, todos os riscos e não teve do que se arrepender, porquanto o resultado ultrapassou a sua expectativa. A partir daquela data, os números se sucederam sem interrupção, tornando-se esse jornal poderoso auxiliar seu.
A SOCIEDADE ESPÍRITA DE PARIS
Primeiro centro espírita a existir, fundada por Kardec em 1º de abril de 1858, com reuniões todas as terças-feiras, na sala alugada, no Palais Royal, Galeria de Valois. Aí permanecendo durante um ano até 1º de abril de 1859. Após, as reuniões passaram a ser feitas às sextas-feiras num dos salões do restaurante Douix, no mesmo Palais Royal, Galeria Montpensier até 1º de abril de 1860, época em que se instalou em sede própria à Rua e Passagem Sant’Ana, 59.
O QUE É O ESPIRITISMO
Primeira edição em julho de 1859.
“As pessoas que só têm conhecimento superficial do Espiritismo são, naturalmente, inclinadas a formular certas questões, cuja solução podiam, sem dúvida, encontrar em um estudo mais aprofundado dele; ... apresentar resumidamente as respostas a algumas das principais perguntas que nos são diariamente dirigidas; isto será, para o leitor, uma primeira iniciação e, para nós, tempo ganho sobre o que tínhamos de gastar a repetir constantemente a mesma coisa.
O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os espíritos; como filosofia, compreende todas as conseqüências morais que dimanam dessas mesmas relações. Podemos defini-lo assim: o Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos espíritos, bem como, de suas relações com o mundo corporal.” (Allan Kardec)
O LIVRO DOS MÉDIUNS
Primeira edição em 15 de janeiro de 1861.
Ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os tropeços que se podem encontrar na prática do Espiritismo.
Há Espíritos?
“O Espírito não é, pois, um ponto, uma abstração; é um Ser limitado e circunscrito, ao qual só falta ser visível e palpável, para se assemelhar aos seres humanos. Por que, então, não haveria de atuar sobre a matéria?
Por ser fluídico o seu corpo? Mas, onde encontra o homem os seus mais possantes motores, senão entre os mais rarefeitos fluidos, mesmo entre os que se consideram imponderáveis como, por exemplo, a eletricidade?”
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Primeira edição em abril de 1864.
A explicação das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da Vida.
“Podem dividir-se em cinco partes as matérias contidas nos Evangelhos: os atos comuns da vida do Cristo; os milagres; as predições; as palavras que foram tomadas pela Igreja para fundamento de seus dogmas; e, o ensino moral. As quatro primeiras tem sido objeto de controvérsias; a última, porém, conservou-se constantemente inatacável. Diante desse Código Divino, a própria incredulidade se curva. É terreno onde todos os cultos podem reunir-se, estandarte sob o qual podem todos colocar-se, quaisquer que sejam suas crenças, porquanto jamais ele constituiu matéria das disputas religiosas, que sempre e por toda parte se originaram das questões dogmáticas.”
O CÉU E O INFERNO
Primeira edição em 1º de agosto de 1865.
Exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, sobre as penalidades e recompensas futuras, sobre os anjos e demônios, sobre as penas, etc., seguido de numerosos exemplos acerca da situação real da alma durante e depois da morte.
O Porvir e o Nada
“Vivemos, pensamos e operamos – eis o que é positivo. E, que morremos não é menos certo. Mas, deixando a Terra, para onde vamos? Que seremos após a morte? Estaremos melhores ou piores? Existiremos ou não? Ser ou não ser, tal a alternativa. Para sempre ou para nunca mais; ou tudo ou nada: Viveremos eternamente ou tudo se aniquilará de vez? É uma tese essa que se impõe. Todo homem experimenta a necessidade de viver, de gozar, de amar, de ser feliz. Dizei ao moribundo que ele viverá ainda, que a sua hora é retardada; dizei-lhe sobretudo que será mais feliz que porventura o tenha sido e, o seu coração rejubilará. Mas, de que serviriam essas aspirações de felicidade, sem um leve sopro pudesse dissipá-las? Haverá algo mais desesperador do que esse pensamento de destruição absoluta?”
A GÊNESE
Primeira edição em 06 de janeiro de 1868.
A Doutrina Espírita há resultado do ensino coletivo e concordante dos Espíritos.
A Ciência é chamada a constituir a Gênese de acordo com as Leis da Natureza.
Deus prova a sua grandeza e seu poder pela imutabilidade das suas leis e não pela ab-rogação delas.
Para Deus, o passado e o futuro são o presente.
“Dois elementos, ou, se quiserem, duas forças regem o Universo: o elemento espiritual e o elemento material. Da ação simultânea desses dois princípios nascem fenômenos especiais, que se tornam naturalmente inexplicáveis, desde que se abstraia de um deles, do mesmo modo que a formação da água seria inexplicável se se abstraísse dela um dos seus elementos constituintes: o oxigênio e o hidrogênio.